Abuso de medicamentos pode ter parado o coração de Michael Jackson

O astro pop Michael Jackson estava obstinado com sua volta aos palcos. Seu primeiro show, após um hiato de ao menos 12 anos em grandes trunês, seria em 13 de julho, em Londres. Para entrar em forma, ele tomava remédios de uso restrito e seguia uma dura rotina de treinamentos diários. Michael morreu na tarde desta quinta-feira em Los Angeles (Estados Unidos), de parada cardíaca.

Jackson, 50, teve vários episódios com drogas vendidas somente sob prescrição médica ao longo de sua carreira e vinha tomando remédios devido às lesões que sofria durante os ensaios para seu grande regresso artístico, disse Brian Oxman, advogado, porta-voz da família e amigo pessoal do artista.

Segundo ele, o uso destes medicamentos preocupava a família, já que vários membros do staff de Jackson tinham autorização para obter estas drogas. "Não conheço a causa de tudo isso, mas eu temia o caso. Isso é um claro resultado de abuso de medicamentos, a não ser que a causa seja outra", afirmou.

Jermaine Jackson, irmão do cantor, confirmou a morte do astro, afirmando que os médicos tentaram reanimá-lo por mais de uma hora, sem sucesso. Abatido, o ex-integrante do grupo Jackson 5 afirmou que Michael chegou ao UCLA Medical Service por volta das 14h (horário local), após ser encontrado inconsciente em sua casa.

A polícia de Los Angeles abriu uma investigação para esclarecer as circunstâncias que levaram à repentina morte do cantor, poucos minutos após seu internamento. Os médicos declararam 14h26 (18h26 de Brasília) como hora da morte do cantor --por volta das 13h (hora local) ele havia sido encontrado inconsciente em sua casa, no luxuoso bairro de Bel Air.

O delegado Greg Strank não esclareceu como Michael foi encontrado, ou se havia elementos que levantassem suspeitas sobre um delito ou um suicídio por abuso de medicamentos. Ele só descartou completamente a hipótese de um crime.

Sobre o uso dos remédios, o advogado comparou a situação ao caso da ex-modelo da Playboy Anna-Nicole Smith, que morreu de overdose de medicamentos. "Isto não foi algo inesperado (...) diante dos medicamentos que ele tomava", disse.

"Não sei exatamente os remédios que ele tomava, mas as informações de que dispomos indicam uma ampla gama [de produtos de venda controlada]", declarou.

Michael Levine, assessor do artista, também disse à France Presse que "não ficou surpreso" com a morte do cantor. "Juro que não fiquei surpreso com a trágica notícia de hoje. Michael seguia um caminho incrivelmente difícil e, com frequência, autodestrutivo, e isto ocorria havia vários anos."

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