O cantor e compositor norte-americano Michael Jackson, que há décadas vive como uma espécie de Peter Pan, chega ao meio século de vida nesta sexta (29) longe dos holofotes e com a carreira estagnada. Jackson foi o maior nome da música pop nos anos 80 e tinha como único rival a cantora Madonna, que também fez 50 este mês, mas está no topo das paradas ainda hoje. Se foi nessa década que lançou dois de seus melhores discos, "Thriller", de 1982, e "Bad", de 1987, e consolidou a posição de superastro, foi aí também que surgiu a imagem de um artista de hábitos e atitudes cada vez mais bizarros. É o exemplo perfeito de criança-prodígio que, cada vez mais famosa e idolatrada, acaba por criar um mundo próprio distante da realidade, como fez Britney Spears recentemente --ainda que, ao menos, ela tenha mantido a sua cor original. Michael começou sua carreira nos anos 60, aos cinco anos, com o grupo Jackson 5, formado também pelos seus quatro irmãos mais velhos. Desde a pré-adolescência, quando a banda lançou os primeiros discos, o cantor se tornou uma das figuras mais conhecidas e adoradas da música norte-americana. O estouro solo veio em 1979, com o quinto disco dele, "Off The Wall", que, graças a uma empolgante e original mistura de disco, funk e pop, abriu caminho para o que o cantor viria a se transformar nos anos seguintes. Ao mesmo tempo em que batia recordes de vendas com "Thriller" --que segundo o livro "Guiness" vendeu entre 55 milhões (segundo a gravadora Sony e a associação de gravadoras dos EUA) e mais de 100 milhões de cópias (de acordo com empresários do cantor)--, colocava sucesso atrás de sucesso nos primeiros lugares das paradas e lançava moda entre os adolescentes de todo o mundo com suas roupas e coreografias, em especial o "moonwalk". Porém Michael era motivo de especulações pela sua postura infantilóide, modificações profundas em seu rosto e branqueamento de sua pele. Nos anos 80, dizia-se até que o cantor dormia em uma câmara hiperbárica para retardar o envelhecimento. A partir do início dos anos 90, os fatos sobre sua vida particular já chamavam muito mais atenção do que sua música --que, diga-se, nunca mais repetiu a genialidade da trilogia "Off The Wall", Thriller" e "Bad". Por mais que lançasse discos de modo superlativo, como o fez com "Dangerous", em 1991, o que atraía o público eram as histórias sobre o megalômano rancho Neverland, na Califórnia, e a preferência do do cantor por estar sempre acompanhado de crianças, entre elas o então ator mirim Macaulay Culkin , astro do filme "Esqueceram de Mim". Foi na década de 90 que surgiu o caso que abalaria a carreira e a vida de Jackson. Em 1993, o cantor foi acusado de ter molestado sexualmente um menor de idade. Segundo relatos da época, o cantor fez um acordo milionário com a família da suposta vítima fora dos tribunais em 1995. Nos anos seguintes, se casaria com a filha de Elvis Presley, Lisa Marie, e com a enfermeira Debbie Rowe, mãe de dois de seus três filhos. O cantor se apresentou ao vivo no Brasil em 1993 e voltou ao país em 1996 para gravar o clipe da canção "They Don't Care About Us" no Rio de Janeiro e na Bahia com o grupo Olodum. Sem lançar disco desde 2001, quando gravou "Invincible", nos últimos anos Jackson foi notícia graças ao julgamento pelo qual passou entre 2004 e 2005, também acusado de ter molestado um menor em 2003. Absolvido das dez acusações, logo após o julgamento o cantor passou por uma temporada de exílio no Barein, como convidado da família real do país. Em reconhecimento a sua carreira, em 2002 foi eleito o artista do século pela premiação American Music Awards. Ainda sem planos confirmados para lançar um álbum de canções novas, Michael reeditou em 2008 o clássico "Thriller", que traz a participações de nomes atuais como Will.i.am e Akon, e colocou nesta semana uma nova compilação nas lojas, "King of Pop", que serve apenas para mostrar que como artista, já perdeu a realeza há tempos. FONTE: UOLMúsica
Michael Jackson faz 50 anos longe do trono do rei do pop
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